quarta-feira, 25 de abril de 2007

Desordenadamemte

Desordenadamente

Desordenada mente

Amar
Ordenadamente
Como?
Amor não é desordem?
Ou desordem é paixão?

Dar é paixão
Dividir é amor
Subtrair, desejo
Somar, tolice

Tolo
Desconsolo

Ser… é tudo
O que sei fazer

Pai B&W

E quando deixamos de ser aquele conceito?
Encostamos no peito
E não sabemos que dizer
Que fazer
Deixámos o branco
Sentimos o negro
Somos o cinzento…
Escuro
Claro!
Ou nem tanto assim
Quem vai crescer?
Quem vai nascer
Depois de parido?
Seremos irmãos
Filhos da mesma mulher
Pai?
Estou aqui… acredita que sim

Schhhhhhhh

Dorme…

Viver

Estranho a vida
Que entranho
Que sinto passar
Nos intestinos
Como bicha-solitária
Como bicho solitário
Quero que passe rápida
Agora
Quero que passe lenta
Depois
A dois
Quero espremê-la
Como laranja
Quero esquecê-la
Como bicho
Como lixo
Quero fazer-me
Depois de desfeito
E quantas vezes mais
Vou vê-la
Parada
Apressada
Até lhe apanhar o jeito
E nela me deixar levar

Trocas (a todos os meus amores)

Trocam-se cheiros, desejos, olhos.
Há momentos em que as descobertas nos enchem pedacos da alma que nem nos lembrávamos existirem.
Enchem tanto que transbordam e ficamos esperando que essa abundância chegue para colmatar os pedaços que vão ficando vazios.
Mas as substâncias sao diferentes, na forma e conteúdo, dos espaços que vão vazando, a alma fica irremediavelmente esburacada.
Talvez um dia possa ser remendada, talvez não.
Mas a alma é "anima"... e permanece assim...